O Conselho Municipal de Saúde
adiou a reunião que aconteceria na noite desta quinta-feira, 27, no Paço
Municipal para discutir a situação de atendimento do Hospital-Escola
(HE).
De acordo com Secretário de Governo, Julio Soldado,
o pedido de adiamento da reunião foi pedido por ele à presidente do
Conselho, Maria Amélia Semifoque, por considerar que não haveria
segurança para a realização do evento por causa do protesto já marcado
por funcionários do HE e população.
Mesmo com o adiamento da reunião os manifestantes,
cerca de 60 pessoas, permaneceram em frente à Prefeitura e começaram a
discursar. O secretário de Governo, Júlio Soldado, pediu a organização
de uma comissão de quatro funcionários para que fossem recebidos pelo
prefeito Paulo Altomani.
A proposta não foi aceita pelos funcionários, que
queriam a realização da reunião do Conselho Municipal de Saúde. Eles
também pediram que Altomani conversasse com todos os manifestantes na
rua.
Depois de alguns minutos, Soldado desceu novamente e
convocou a imprensa que estava presente para uma coletiva do Altomani
sobre a situação. Durante a entrevista o prefeito ressaltou que está
fazendo o possível para resolver a situação com a atual gestão da
Organização Social Sahudes.
A intenção do prefeito é que os gestores do HE
deixem a administração para a Prefeitura e a implantação do Ambulatório
Médico de Especialidades (AME).
Comentou ainda que a falta de prestação de contas
pela Sahudes gerou a insatisfação e decisão de retirada da gestão. “Os
funcionários não serão prejudicados e após a troca de administração da
OS, os bons trabalhadores serão absorvidos novamente”, disse
“Nós queremos a gestão do Hospital Escola sobre o
comando da Prefeitura, a gestão da saúde como todo de São Carlos é de
responsabilidade do município e não abrimos mão disso. Não temos nada
contra os funcionários que prestam o serviço iremos absorvê-los através
da nova OS e também haverá concurso para vagas no AME”, completou o
prefeito.
Sobre a falta de medicamentos, Soldado disse que
solicitou uma lista dos medicamentos que estão em falta para que a
Prefeitura reponha o estoque do HE e que até o final da noite, a Sahudes
não enviou a relação.
De acordo com Altomani, a Sahudes prestou contas
parcialmente. A Prefeitura aguarda o restante das declarações para tomar
providências sobre o repasse de recursos pela Prefeitura. “As pessoas
que trabalham lá não são de nossa confiança e as melhores competências
para tocar a administração e a gente quer a troca”, afirmou Altomani
sobre os gestores do HE.